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terça-feira, novembro 30, 2010

Como é dificil...

 Como é difícil aceitar o outro compreendendo a sua natureza, a individualidade.
Pensamos, ao encontrarmos alguém, que com o tempo fica pertinho, que nossos desejos serão atendidos porque afinal, é a Pessoa!
Coitada da Pessoa, se soubesse o peso, a responsabilidade que depositamos em seus ombros, por certo não fecharia o contrato de Amizade ou de Amor.
Penso que somos "esquisitinhos": Quando gostamos só um pouco de alguém, não cobramos, não exigimos e até dizemos nada esperar.
Mas, quando gostamos, e muito, que agonia! Exigimos, exigimos, exigimos...
O grave é que nem percebemos que estamos deixando o outro sem mobilidade, sem ação, sem chão.
Claro, que só vemos o que nos convém. O outro, pobrezinho, teve a infeliz idéia de ser nosso amigo e um dia ceder aos nossos caprichos, de atender às nossas exigências.
Como estou pensando em nossa situação, não vou tecer  comentários sobre a aceitação, a posição passiva do outro.
Podemos, daqui por diante, iniciar o exercício de pensarmos naquela pessoa que gostamos muito, considerando a sua individualidade, seus desejos seus interesses.
Deixemos quem nos faz bem realizar escolhas, mudar de planos, alterar o projeto.
Toda relação encerra um contrato, dessa forma só vale a pena ser for gratificante para ambas as partes.  

sexta-feira, novembro 26, 2010

Estou Doente?

Comportamento violento é aquele que causa dano em alguém ou em alguma coisa.
Violência é consequência  e não causa, como pensam alguns.
Olhando pelo ângulo da consequência, penso que o  autor  do ato de violência é alguém  que  está  muitíssimo doente.
Dedicamos atenção a doença do corpo, por medo, em alguns casos, de  contágio, de contaminação. Ao longo dos anos, não consideramos a  enfermidade instalada na sociedade.
Hoje, em estado de choque, nos deparamos com este mal que atinge a todos, cada um a seu turno.Vejamos, porém, que  olhamos pelo ângulo  da vítima.
Podemos  afirmar que  a violência é contagiosa  e de cura difícil, ante os 
diversos fatores  identificados por  provocadores.
Identificar  um ato violento é  fácil, quando os   olhos  denunciam e a escala de valores anunciam. Chamamos então, de violência comprovada.
Difícil de  constatação é a violência silenciosa. As manifestações grosserias, por exemplo, aceita pela sociedade e justificada por   stress.
A falta de gentileza,a ausência de  respeito nas relações,a competição danosa que   inviabiliza a vida de relação  são manifestações  que identificam a violência no cotidiano.
A desqualificação  explícita ou implícita, manifesta nas relações; a indiferença  responsável  pela morte da esperança...
E o autor da violência?  É  vítima de si mesmo, é alguém que não tem  o endereço da paz.  Certo de que só damos o que possuímos, mostramo-nos a cada segundo.
O nosso comportamento fala de nós: os gestos, o olhar, a fala, meios reveladores do nosso estado de saúde ou enfermidade.
Dessa forma,  façamos uma análise, observemo-nos nas relações diversas. Sejamos críticos de nossos atos que, por certo, perceberemos se estamos ou não doentes.

segunda-feira, novembro 15, 2010

A indiferença

Você já experimentou permanecer ao lado de alguém,que deseja ficar em silêncio, por muitos dias, e ignora sua fala e pouco ou nada percebe de sua presença?   
A indiferença é manifestação de agressividade que traduz um constrangimento moral.
Ao ouvir ontem a queixa, em forma de desabafo, percebi que a narrativa era um grito de dor. Aliás, tem sido comum a queixa, por parte de diferentes pessoas.
Cabe a pergunta: Por que algumas pessoas permanecem em relações perversas?
Por certo, ao ser questionado, a resposta está pronta.  Os filhos são os primeiros indicadores a serem utilizados para justificar a manutenção do vínculo e, sucessivamente, outros poucos.
Os dias passam, os anos, a vida...  A mágoa é presença certa, as lamentações também e a vítima, debruçada sobre seu próprio corpo, não reage.
Agressor e agredido seguem feridos, enfermos, prisioneiros da infelicidade, porque não se gostam. Estão mutilados na afeição por si.
A baixa  auto-estima permite que fiquemos à margem da vida, sem que possamos  desfrutar das relações saudáveis.
O agressor, em que pese aparentemente desfrutar de situação privilegiada, está, na verdade, em estado de miséria interior, igual o da vitima.
A diferença entre ambos é a posição que cada um ocupa. 
Alguém, sem sombra de dúvidas, tem que romper a cadeia dolorosa.  De um modo geral, é a vítima que procura ajuda nos consultórios de psicologia e, não raro, necessitam de medicação receitada por psiquiatra.
É possível a cura,  se houver  determinação  e força de vontade.
O exercício há de ser diário para a construção da auto-estima.

domingo, novembro 14, 2010

A Felicidade...

 A felicidade é o estado de ser feliz. Ser feliz ou estar feliz é decisão que precisa ser tomada por aquele que tem conhecimento de si.
Considerando que é um estado, a natureza é subjetiva, cada um encontrará a razão específica para ser feliz.
Penso que muitos nascem, crescem e morrem sem nunca terem pensado, efetivamente, em sua felicidade. Por condicionamento estabelecemos que tal situação nos faz feliz.
Afirmamos que determinada presença é fundamental para nossa felicidade; que certo mês do ano é fatídico; que esta ou aquela cor é impeditiva da felicidade.
Por não conseguirmos compreende o conceito é que tão facilmente estamos felizes e rapidamente, estamos infelizes.
Quando paramos e pensamos, percebemos a complexidade da vida. Como é difícil realizar tão delicada viagem!
É tão comum pensarmos que a felicidade não existe ou que apenas alguns privilegiados são felizes. Puro engano, por certo, cada um carrega sua carga de infelicidade, de dissabores.
Fomos criados por Deus para sermos felizes, é no exercício que aprimoraremos as nossas escolhas que aprenderemos sobre nós, que descobriremos os verdadeiros valores da vida.
E quando vivermos, em estado de alma, a certeza de que somos felizes, por certo não perseguiremos a felicidade.

Tristeza....

Quando você estiver triste, não acredite que é para sempre. Por certo, o sentimento está a denunciar que é hora de parar e procurar a causa.
Fingir, desconsiderar, não é a atitude adequada. Somos o que pensamos e não podemos negar o que sentimos.
A tristeza é conseqüência, e quando não tratada permanece e tende a aumentar de intensidade.
Muitas pessoas, hoje, estão aprisionadas na depressão porque deixaram de considerar o estágio de melancolia, de tristeza...
Embora tenhamos a nosso favor os meios de comunicação, alguns temem certos assuntos. Preferem culpar alguém pela tristeza ou própria a lembrança...
Se estivermos tristes por muitos dias ou se a tristeza se faz constante, está na hora de procurarmos ajuda psicológica e psiquiátrica.
Não podemos deixar de considerar também, o efeito da Oração. Comprovadamente eficaz na recuperação da vida por permitir a sintonia com o Criador.

terça-feira, novembro 09, 2010

Não ferir o Coração...

 
Quando quebramos um vaso, podemos remendá-lo. Claro que uma emenda, sempre será uma emenda.
Dependendo da posição que estiver colocado e a utilização do vasilhame, poderá o remendo, nem ser percebido.
O mesmo não ocorre com o coração de uma pessoa. Quando ferimos, por mais que tentemos reparar, fica a cicatriz.
Por tal razão, devemos ter cuidado, principalmente, com as palavras.  A nossa verdade, que é transitória, poderá ser o instrumento afiado a ferir o coração de alguém.
A lente pela qual vemos o mundo, pode nos conduzir a equívocos, comprometendo a interpretação do fato, supostamente visto.
As afirmativas, ditas por verdadeiras, não raro, são substituídas por outras tantas, sob nova ótica...
Pensemos antes de afirmar ou confirmar esta ou aquela situação. Sempre haverá alguém envolvido, mesmo que não conheçamos.
Consideremos: o ferimento que causarmos no outro é carga certa que teremos de suportar. Vivemos mergulhados em energias.
 Então, não sendo por sentimento, por inteligência, cuidemos para não ferir o coração de alguém.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Sentir Deus!

 
 Quando pensamos que não temos mais forças para suportar determinada situação, é o momento ideal, oportuno, para colocarmo-nos nas mãos de Deus.
Não penso na fé cega, a que permite que fiquemos paralisados, contemplativos. Pelo contrário, penso na fé operante.
Entendo por fé operante, a raciocinada. A fé que nos permite sentir Deus na extensão de Pai, tal qual, nos apresentou Jesus.
O Pai que compreende a limitação do filho, sabedor porém, do seu infinito potencial, que carece de estímulo para o amadurecimento.
O problema é uma provocação que exige solução. A revolta não acalma.
Sentir Deus é acreditar que forças teremos para suportar a difícil travessia, que mãos amigas chegarão, que encontraremos a palavra certa, que novo dia nascerá...
Sentindo assim, acreditemos que, no momento difícil, poderemos senti-LO, vive-LO, porque ELE está em nós.
Sentir Deus é questão de decisão, de livre arbítrio.

Maria Bethânia - Tocando em Frente

sábado, novembro 06, 2010

SAUDADE


Por cultura talvez, tememos a saudade.
Penso, que sentir saudade é muito especial. Saudade de um certo alguém, de momentos vividos, saudades de amigos, de parentes de lugares...
A saudade permite-nos a vivencia: seja do acontecimento ou da presença. Tem quem afirme, ter experimentado a presença, em decorrência da intensidade da saudade.
Acredito, que por não sabermos viver frustrações, ficamos tão adoecidos, quando sentimos saudade. Apáticos, trocamos de mal com a vida.
Aborrecidos alguns, amargos outros, não desfrutam do momento oportuno de viver a presença, que não se faz presente, fisicamente, por razões que a vida estabeleceu.
Eu acredito que todos os acontecimentos têm por finalidade a nossa promoção na escala humana. Crescemos na dor, com o sofrimento, com as perdas. Abençoadas são as podas necessárias, que a vida realiza em cada um.
Não faço apologia ao sofrimento, aceito, no entanto, que está compreendido em nossa realidade, em decorrência das nossas escolhas.
Então, sentir saudade, não é ruim. Para mim, é uma grande chance de reviver alguém em especial, que permanece de forma especial, em nossa vida.  

Não brigar com a lembrança.

O bom de poder lembrar é não precisar esquecer.
Penso no sofrimento de algumas pessoas que vivem duelando com as lembranças.
A lembrança é a manifestação do registro. Então, é o que foi registrado, que se faz percebido.
Como não registrar um fato que foi importante? Um acontecimento especial?
É tolice querer esquecer. Esforço em vão, determinar a não lembrança.
É comum, por ressentimento, por mágoa e frustração, determinarmos que não mais lembremos de certo alguém, de um momento especial, por exemplo.
Exigimos a solidariedade dos amigos, operamos mudanças externas, alteramos hábitos, permitimos até um novo alguém em nossa  vida,  sustentamos o discurso que até convence quem ouve.
O tempo, porém, de forma tranqüila, não se agasta, e quando menos esperamos, a danada da lembrança se faz presente.
É a chuva, por exemplo, que naquela tarde caiu diferente, é o vento, o dia, a noite, enfim, algo em especial, que assinala e só resta lembrar...
Sem angústia, sem raiva, devemos encarar a situação. Que bom que temos razão, motivos e saúde mental para lembrar!
Abramos a porta e deixemos a lembrança seguir o caminho natural;  a vida sabe tão bem conduzir as lembranças...
Quando paramos de brigar com as lembranças elas se tornam  esquecidas, substituídas por outras; é da Lei da Vida.   

 
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