Como é difícil aceitar o outro compreendendo a sua natureza, a individualidade.
Pensamos, ao encontrarmos alguém, que com o tempo fica pertinho, que nossos desejos serão atendidos porque afinal, é a Pessoa!
Coitada da Pessoa, se soubesse o peso, a responsabilidade que depositamos em seus ombros, por certo não fecharia o contrato de Amizade ou de Amor.
Penso que somos "esquisitinhos": Quando gostamos só um pouco de alguém, não cobramos, não exigimos e até dizemos nada esperar.
Mas, quando gostamos, e muito, que agonia! Exigimos, exigimos, exigimos...
O grave é que nem percebemos que estamos deixando o outro sem mobilidade, sem ação, sem chão.
Claro, que só vemos o que nos convém. O outro, pobrezinho, teve a infeliz idéia de ser nosso amigo e um dia ceder aos nossos caprichos, de atender às nossas exigências.
Como estou pensando em nossa situação, não vou tecer comentários sobre a aceitação, a posição passiva do outro.
Podemos, daqui por diante, iniciar o exercício de pensarmos naquela pessoa que gostamos muito, considerando a sua individualidade, seus desejos seus interesses.
Deixemos quem nos faz bem realizar escolhas, mudar de planos, alterar o projeto.
Toda relação encerra um contrato, dessa forma só vale a pena ser for gratificante para ambas as partes.