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quarta-feira, março 31, 2010

Pessoas são Presentes



Vamos falar de gente, de pessoas.

Existem, por acaso, algo mais espetacular do que gente?

Pessoas é um presente!

Alguns têm uma boa aparência externa, como os presentes de Natal ou de aniversário.

Outros têm aparência inexpressiva, como as que ficam amassadas no correio.

Algumas pessoas são extrovertidas, como presentes fáceis de desatar o laço. Outras são tão fechadas que é quase impossível tirar da embalagem.

Por que será que alguns presentes são complicados de abrir?

Talvez porque dentro da bela embalagem haja sentimento de pouco valor e muita solidão.

 Mas pode ser também que exista algo valioso para ser descoberto.

Mas a embalagem não é presente.

 Pena que tantas pessoas se enganam, confundindo embalagem com presente.

Você e eu somos um presente.

 Será triste se formos apenas embalagem muito enfeitada com um vazio por dentro.

Quando ocorre um verdadeiro intercâmbio no diálogo, no interesse, no amor pelas pessoas, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de presente reais.

Sabe por quê? 

Um presente não existe para si, mas para fazer os outros felizes pelo conteúdo interno.

Ter sempre algo para oferecer, é o segredo para quem deseja tornar se um presente para os outros e não apenas uma aparência na embalagem requintada.

Não quero ter a pretensão de achar que esse encontro seja um presente, mas que hoje, procuremos descobrir os presentes valiosos que estão bem pertinho de nós e só esperam ser abertos.


sexta-feira, março 26, 2010

 
Diz uma antiga lenda grega que a deusa Hera enviou a Esfinge (uma besta com cabeça de mulher, asas e corpo de animal) para atormentar os moradores da cidade de Tebas. A Esfinge cruzava o caminho de todos os que se aproximavam da cidade e formulava um enigma para o viajante. Quem errava o enigma era devorado pelo monstro. Um dia, Édipo, Rei dos Sófocles, cruzou com a Esfinge, que lhe propôs o seguinte enigma: “O que durante a manhã tem quatro pernas, ao meio-dia tem duas e à noite tem três?” Édipo respondeu corretamente: O homem - engantinha como bebê, anada sobre dois pés na idade adulta e usa arrimo(bengala) quando ansião e a Esfinge ficou tão furiosa que se lançou num precipício. 
A mudança é o desafio da era moderna. Podemos mudar de casa, de cidade, de país.Mudamos parceiro, de nome, de nacionalidade ... A mudança mais dificil é a de hábitos, sair  da área de conforto  e  com coragem  reconhecermos  nossas limitações, humildade para pedir ajuda, disposição para ajudar, sem pedir reconhecimento,  serenidade  nos momentos dificeis, seriedade ante os compromissos assumidos, consideração pelo outro, mesmo que seja um estranho... Gratidão pela vida, dádiva divina, que revela o amor inondicional de Deus, por todos nós.
Ou mudamos de comportamento ou seremos devorados pela nossa insanidade!

quarta-feira, março 17, 2010

Ser Amigo

A vida nos presenteia com pessoas especiais. Chegam de mansinho e  parece que retornaram para ocupar o lugar que lhes pertenciam.
O amigo se faz presente, mesmo que fisicamente esteja ausente. A presença amiga é insubistituível !
Por mais capacitadas estejam as Universidades, não é possível formar bons amigos. Os atributos são pessoais, intransferíveis, resultado do caminhar de cada um.
Ter um amigo é compensador, ser amigo é uma arte. Precisamos nos perguntar se sabemos  ser amigo de alguém, se temos  tempo para ouvir, inclusive um  não, se conseguimos compreender, se temos resitencia para acompanhar, paciencia para  recomeçar, disposição para explicar muitas vezes, condições  de desculpar e pedir desculpas.O amigo elogia, critica, qualifica, inclui, ajuda, ampara, sugere, opina... O dificil é não viver a vida do amigo, é compreender  que o obvio nem sempre é percebido, e se percebido,  não poder ser alterado. Lembremos de telefonar para o nosso amigo, e de dizer da saudade, de contar coisas boas, de supreender, de abraçar e dizer, enfim, eu amo vc!

quinta-feira, março 11, 2010

Confiança.


A confiança   é um vínculo estabelecido entre as pessoas. 
De forma implícita as partes acordam as regras  norteadoras da relação. Haverá em um pólo aquele que será o depositário da certeza da presença  e no outro aquele que se credenciou.
Não existe vínculo sem  que haja um objeto motivador da relação. As pessoas  estabelecem aproximação para um fim comum e assim também  é  na amizade.
Em O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupery, registrou uma afirmativa: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Comungando do   pensamento sinto que  confiança é um vinculo que atribui responsabilidade  ao sujeito que  a inspira, que se torna um  garantidor na relação.
O Ordenamento Jurídico, capitulou o abuso de confiança, mas não  conseguiu   determinar   a manipulação  do  analgésico eficaz,  no alívio da dor da traição.
A traição  é a ruptura do vinculo, sem aviso prévio, sem explicação, sem anestesia...
Os braços antes estendidos,  tornaram-se   recolhidos; os olhos  abertos  brilhantes,  cerrados estão e a presença   amiga deu lugar ao vazio da indiferença.
Vontade não falta aquele que se vê traído de  postar uma  mensagem em   um imenso "outdoor": Procura-se a Confiança Perdida !

 



terça-feira, março 09, 2010



"CORTAR O TEMPO"

"Quem teve a idéia de
cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de Ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar
no limite da exaustão.

Doze meses dão para
qualquer ser humano
se cansar
e entregar os pontos.
aí entra o milagre da renovação.

E tudo começa outra vez,
com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui pra diante vai ser diferente!"

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, março 05, 2010

será solidão?


                                              
  


Após tantos anos ouvindo pessoas contando suas histórias, percebo no proceder  ou no olhar  das que permanecem, nas que retornam ,nas tantas que chegam,  o quanto a solidão ganhou nos corações, abrigo certo.
A solidão  que grita independe de classe social, de posição financeira, de beleza física  e de intelecto. A solidão que campeia, no meu sentir, revela a doença do memento.
Em que pese a beleza físca, os adornos e adereços, os meios que favorecem a tantos, o desfrutar de pleno conforto material, um grande  grupo de pessoas    está sozinho, embora  algumas estejam acompanhadas.
Durante muito tempo, como crença adotamos a  assertiva de que  ter alguém significava não está só. Em decorrência dos incontaveis desencontros, hoje percebemos que ter alguém  ao lado, não traduz   a certeza de  estamos  acompanhados, bem como,  não asseguramos  a nossa  presença.
A solidão que percebo não  é  a que inspirou poemas, músicas, textos, frases... Sinto que é outra forma de solidão, talvez  tenha outro nome.
Ao  encerrar as atividades, inerentes ao trabalho social, que muito me gratifica, lá pelas tantas da noite, me detive a pensar na fala das deversas pessoas. Mulheres  com muitos filhos, a maioria sem a presença do pai de seus filhos e as que vivem com os companheiros, são igualmente às outras, mães sozinhas.
Homens e mulhers sem emprego, sem trabalho,  sem esperança. Percebi  que para a grande maioria falta  o ânimo, a vontade, a coragem   de apostar em mudanças. 
Fazemos opções, objetivando  sofrer menos ou nada sofrer, ganhar sempre ou pouco perder  e nos surpreendemos quando percebemos que não temos controle sobre  as variáveis.nos deixamos abater ,empurrados pela lei do progresso, que independe de nossa ação, por fazermos parte de um conjunto, adotamos formas comuns de comportamento.
Sem reflexão, repetimos os padrões adotados, distanciados de nós mesmos, seguimos   copiando comportamentos e servindo de exemplo.A farmacologia apresenta a medicação que faz dormir, que permite  o acordar, que  faculta o emagrecimento  ou o aumento de peso... mas   a  fórmula de ser feliz , não é manipulável, não ocupa espaço  em laboratórios, não está prescrita em receituarios.




 







 
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