É cômodo justificarmos, nossos atos, culpando a criação que recebemos.
Observo, que não raras, são as vezes, que adultos criticam com amargura, a criação que receberam.
Enfatizam certo comportamento experimentado na infância e afirmam que foram aqueles, responsáveis pela atitude inadequada no hoje.
Enquanto não somos pais, atuantes no processo de educação não compreendemos a difícil tarefa. Os pais não deixam de ser gente, pessoas portadoras de angustias, ansiedades e todas as características inerentes à vida humana.
Não é possível a convivência sem o desnudamento de nós mesmos. Desnudos, somos o que mostramos, e não o que aparentamos ser.
Nessa esteira de pensamento, na condição de pai e mãe, por certo, desnudos, nem sempre atenderemos ao que é pedagogicamente correto.
Quando estamos atentos, grande é a probabilidade de respondermos acertadamente aos questionamentos da vida e suas respectivas provocações. Certo é, no entanto, que ao estarmos relaxados temos a possibilidade de deixarmos a desejar...
Se conseguissem, todos os queixosos, considerar as dificuldades de seus pais, realizando em decorrência, o exercício da empatia, compreenderiam que seu comportamento, nos dias de hoje, é a manifestação da sua liberdade de agir, inerente à sua natureza humana.
Transferir responsabilidades, não destitui o dever de adequação social. O Ser humano tem possibilidade de realizar as mudanças almejadas, carece para tanto, de determinação e disciplina.