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quinta-feira, julho 28, 2011

PESSOA MAIS OU MENOS


 
Muitas pessoas  gostam de ser mais ou menos. São mornas por natureza: não  trocam, não somam, não contribuem...
Ser  pessoa  mais ou menos, independe de sexo, de cor, de classe social, de escolaridade... É escolha pessoal.
São pessoas que nunca dizem o  que pensam, porque não sabem pensar; aprenderam a reagir e  sabem compor as situações,  dizem  o que não sentem, simulam compreender e fingem gostar...
Quando perguntamos a opinião delas,  a cerca de algum fato, dizem qualquer coisa, de preferência acompanhando a maioria, se lhes convier.
Opinião própria não têm, assim como também não sabem defender uma idéia e não têm ideal. Silenciam ao ouvir  algum comentário não verdadeiro,  em relação a outrem   e divulgam, sem cerimônia,  o que  não tem certeza ou até o que sabem não ser verdadeiro.
Quando religiosas, sabem fazer discursos maçantes, prosélitos. Abusam das  falácias, porque não possuem metas, não construíram estradas.
Gostam  de ser  bajuladas,  assim como  adulam as demais. Quando surpreendidas em seu estilo de vida, tornam-se vítimas. Vitimadas cercam-se  das  que lhes são iguais,  no desejo de  proteger a  sua forma “mais  ou menos” de ser.
Todos nós corremos o risco de adotarmos tal conduta. Estejamos  em alerta: ouçamos com atenção as mensagens da vida;  fixemos o olhar  nos acontecimentos  diários; observemos os nossos passos; recomecemos, sempre que possível; e, exijamos de nós - ”pensar sempre”.
Participemos da vida, sejamos inteiros.

quinta-feira, julho 21, 2011

Cuide do seu amigo...


 Se alguém  perguntar o   tamanho do nosso amigo e  o  seu peso,   por certo diremos:  “Precisar, com exatidão,  eu não sei. Asseguro, no entanto, que  ele cabe inteirinho no meu coração”.
Quem desfruta da presença de um amigo sabe, muito bem,  do que estou falando.  Ter  o amigo certo, do tamanho certo, na medida certa...  Que  felicidade!
Você já pensou em seguir a sua estrada, sem  a presença do seu amigo? Por certo, só em pensar sente uma angustia.
Então , cuide  do seu amigo .  Saia do   seu confortável estado  de recebedor dos benefícios ,de alvo das atenções ...
Deixe que ele perceba que você gosta dele, por ele ser quem é; saiba mais sobre as necessidades dele, sem as frases prontas. Existem frases que  realizam, em nós,  o efeito  que  desejamos, porque não  queremos alterar a nossa rotina, como por exemplo: “ Se precisar, conte comigo!
Lembremo-nos que  o   amigo  não espera que   peçamos, ele percebe quando necessitamos, mesmo quando está distante. Na qualidade de facilitador, ele  chega antes; é disponível por está comprometido com  o nosso bem estar.
Devemos repensar a forma que  tratamos o nosso amigo; a atenção que dispensamos a ele; as críticas que tecemos a seu respeito, as   exigências que  fazemos a ele.  Em decorrência de nossa imaturidade,  não sabemos  dar  o devido valor ao que temos, ao que recebemos,  a título de dádiva.
Ao telefonarmos, prestemos atenção no tom da voz do nosso amigo. Quando presentes, olhemos nos seus  olhos; quando distantes, façamos-lhe  uma visita; quando bem perto,  estendamos-lhe os  braços.
Cuidemos bem  da pessoa que  tanto bem nos faz.

sexta-feira, julho 15, 2011

O que não quero para minha vida


Como é fácil  saber o que é  melhor na vida do outro...
Em  se tratando de situação alheia, acreditamos  que somos   hábeis solucionadores de problemas. Conheço pessoas que  marcam reuniões  para, única e exclusivamente, comentar a vida alheia; claro que  sob os  mais variados disfarces.
Minutos  são consumidos ao telefone com os relatos, os comentários, as hipóteses  e as  conhecidas expressões : “eu  acho que você  deveria ....”
A intromissão na vida alheia é  atividade, desde há muito praticada, e tem característica, no meu sentir,  de moléstia altamente contagiosa.
Prestemos atenção na possibilidade do  contágio: alguém afirma algo sobre o  outro, que não é do nosso interesse, que não  nos é útil saber,  que em nada  acrescenta em nossa vida;  nem mesmo sabemos  que se trata de algo   verdadeiro .
E daí!   Se ficarmos ouvindo, prestando atenção, estaremos correndo   sério risco: o contágio.  Em havendo a contaminação,   dali por diante  desempenharemos o papel de  “ palpiteiros”.
O palpiteiro tem orgulho do seu papel; por entendê-lo relevante  procura  aumentar a rede... Pensemos; como poderá sobreviver este personagem   sem   ouvidos  para ouvi-lo? sem alguém para interagir? sem vida alheia para comentar...?
Triste  sina  para quem adota tal conduta, não tem vida própria, é um aprisionado. Coitado, depende dos  outros para ter assunto.
A vida pessoal do  palpiteiro é   nada interessante:  vazia de ações , empobrecida de boas emoções...  sem  sentido. Nada realiza porque não tem tempo para pensar  a sua própria  vida.
Por ser uma doença grave, carece de severo investimento na prevenção: não favorecer a escuta. Dependendo de quem seja,reconheço  ser    difícil a decisão.
Com clareza dizer:  “ Eu  estou proibida ou proibido  de ouvir... “  se houver insistência, afirme: “ordens médica, não tenho o anticorpo  para  evitar a enfermidade...”
 E se houver a contaminação?   o tratamento é doloroso.
Haverá por certo, a crise da abstinência; os delírios;  a sensação  de vazio.. Há de  haver    muita perseverança...
Se há cura? não sei; teria que se  fazer uma pesquisa de campo, de estreitar convívio. Considerando que não tenho anticorpo, para enfrentar  de forma destemida a moléstia,prefiro escrever para fortalecer em mim a certeza, do que não quero para minha vida.

quarta-feira, julho 13, 2011

"Bestinhas" ?


Quando adolescente, o termo utilizado para identificar as meninas, colegas de escola, que não faziam parte do nosso grupo era : “bestinha”.
Durante todo o antigo ginásio, os grupos competiam entre si. No dia da entrega da nota, declinada em voz alta, formávamos uma torcida organizada; na aula de educação física as equipes formadas  para os jogos eram destacadas ...
Na formatura, que ocorria  no pátio, o uniforme  era observado, entre olhos fazíamos a comparação. Assim crescemos, certas de que  nós não  éramos as bestinhas  e, sim,  o grupo da turma de traz. Éramos  da  turma da frente!
Muito tempo se passou... Certo dia, uma  amiga querida,   apresentou-me  a cunhada; percebi, na  expressão da moça, que o meu nome não lhe era desconhecido e daí  veio a surpresa: ela era uma das    meninas  do grupo  das  bestinhas.
Foi agradabilíssimo o encontro e,  para minha  surpresa, tomei conhecimento  que o grupo que eu fazia parte, também era visto como bestinha. Então, constatamos que a turma  era composta por bestinhas.  
Ela  confidenciou   que sempre desejou ser minha  amiga;  lembrou-me de fatos que   eu houvera esquecido; outros  tomei  conhecimento naquela hora;  falou da admiração que nutria por mim,do quanto desejou ser como eu em alguns momentos.
Éramos tão meninas, tínhamos a mesma idade...
Foi uma grande aula de vida; à minha frente eu via  alguém  que guardava sobre mim lembranças  boas e que  eu não pude desfrutar da amizade , em decorrência de tão empobrecida   avaliação, à época.
Penso que  assim procedemos  na vida muito mais vezes  do que imaginamos. Dizemos não gostar de alguém  pelos  porquês  mais variados e nunca comprovados.
Nutrimos antipatias gratuitas; tomamos por verdades o que nossos olhos vêm ou, o que supomos ser, sem darmos a oportunidade das explicações devidas; sem passarmos a limpo; sem avaliarmos  as noticias, nem estabelecermos a aproximação que aquece e estreita.
Quantas pessoas  gostariam de conversar conosco; quantas  poderiam contribuir em nossa vida e, por  rotularmos  estas ou aquelas, não  as deixamos chegar...
Por certo,  teríamos mais  amigos e poderíamos dar mais de nós, se  deixássemos  a energia boa circular.

Você é esquisita?

Algumas pessoas gostam de ser esquisitas. Se não  ficarmos atentos, ficamos esquisitos também. Ser esquisito é estado de espírito.
Identifico como  pessoa esquisita  aquela que  não   estabelece com as demais  uma relação de cordialidade, esteja  onde quer que esteja, independe de sexo, idade ou status social.
Facilmente, identificamos as manifestações esquisitas: pode ser em família, tanto  quanto no ambiente  profissional. Não podemos deixar de  considerar  aquelas que cruzamos  no  cotidiano.
São pessoas que  ao entrarem em um elevador,por exemplo, caso haja ascensorista, sussurram o seu  destino e não havendo, estendem o braço para identificar o andar,  sem  cumprimentar   os demais.
Esquisitas também são  aquelas que mudam de humor e decidem  conversar quando  querem fazê-lo:  São simpáticas pela manhã e a tarde são esquisitas ou despertam esquisitas e sofrem a transformação no decorrer do dia.
Quando pedestres, são  cegas  à sinalização de trânsito,  atravessando a via pública,   como se passeasse à beira- mar.  Sendo o condutor do veículo, pensam dirigir sozinhas, sem  considerar o carona e os demais  que   desfrutam do espaço comum.
Ao desejarem alguma coisa  determinam, ordenam;  ao receberem  ignoram que realizou.
Marcam o livro emprestado, permanecessem na posse  do que  pediram  por empréstimo  e ao devolverem  fazem cara feia.
Sentem-se  ofendidas por não serem convidas para todos os eventos. Quando  convidadas, esquecem de avisar  o não comparecimento, deixando o outro à espera.
Gostam de receber  mas não saber dar; gostam de dizer as suas  verdades mas não sabem ouvir as que são ditas por outrem..
De tudo sabem muito e da vida sabem tão pouco...
Em família,  são pesadas demais... no trabalho insuportáveis... no  dia- a- dia  desagradáveis.
Agora que acabei de escrever e ler me pergunto: será que eu  algum momento, sou esquisita?
 
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