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segunda-feira, janeiro 31, 2011

Para não encolher...


 
Um certo dia  acordei sentindo falta de mim. Procurei  pela casa, abri os armários, as gavetas, corri para o quintal.
Busquei entre as árvores, revirei toda a terra e  por fim desisti. Percebi que  não adiantava  me procurar por fora:  eu estava encolhida dentro de  mim.
O alongamento foi difícil, doloroso, extenuante...
Entendi  que por falta de habilidade, de tato, para lidarmos  com as diferenças, escolhemos  a forma menos trabalhosa:   o  encolhimento.
Aprendemos desde cedo que não podemos dizer o que sentimos, quando deveríamos  aprender o   Como  dizer o que sentimos.
É o como  eu digo o que sinto, é o  como manifesto o  meu pensamento que fará a diferença em minha vida.  
Quando aprendemos a dizer o que sentimos  sem desequilíbrio, sem  perder a razão, sentimos um grande alívio. Não importa  a reação do outro, o bem estar que sentimos   não tem preço.
Agindo dessa forma não encolhemos.
O processo de encolhimento inicia com  silêncio  dos lábios, silêncio medroso, acuado,  sem o consentimento da razão.
É o silêncio que dói, que  engasga, que maltrata, que faz  diminuir...
O silêncio consentido pela razão é  produtivo, é a pausa para  pensar; avaliar; refletir. É o silêncio necessário para que possamos  saber o como dizer o que precisa ser dito, no momento certo, para a pessoa certa...

sexta-feira, janeiro 28, 2011

O que desejamos?

Quando desejamos fazer algo em favor de alguém devemos pensar na motivação.
As perguntas que não podem faltar:  o que  motivou   a minha atitude? O que espero como resultado?  Como reagirei se o beneficiado não reconhecer o meu ato?
Parece bobagem, mas não é.  Encontro pessoas atravessando crises ,porque realizaram algo em favor de alguém e não obtiveram  qualquer agradecimento.
Mágoas profundas retratam a desconsideração de alguém...  Sempre haverá um ingrato, afirmam tantos...
Eu acredito que permanecemos adoecidos, em nossas relações, porque ainda não sabemos formular as perguntas certas. Sem as perguntas, não obteremos as respostas.
Sem as respostas não temos como saber o que verdadeiramente queremos quando fazemos algo em favor de alguém.
Podemos pensar em um exemplo bem oportuno: o telefonema que realizamos para um amigo ao sentirmos saudades.  
Dependendo de como somos atendidos pelo telefone, poderemos ficar magoados  ao  interpretarmos  a  falta de  consideração. A  maneira que fomos recebidos   nos permitiu sentir  que houve pouco caso   do amigo.
De imediato afirmamos: não telefonarei mais... diversas serão as razões que encontraremos  para justificar a nossa  frustração,  por  não sermos recebidos como   entendemos .
Se pensássemos direitinho, saberíamos a motivação do nosso telefonema: ouvir a voz para saber noticia!   Dizer que lembrou! Fazer um pedido!..
Vejamos - a ação foi nossa, não precisamos de recompensa quando agimos sem interesse. Poderemos inclusive ser, sem que percebamos, um bálsamo naquele exato momento, na vida do nosso amigo...
Façamos um exercício diário, sempre que sentirmos vontade de fazer algo para alguém  desde um simples  telefonema a  uma mensagem; façamos  sem
interesse de agradecimento, de retorno, de reconhecimento.  Façamos na vida do outro tudo aquilo  que desejamos que aconteça na  nossa  própria vida.
Aproveite a sugestão e entre em contato com aquela pessoa que você interpretou não mais merecer  a sua atenção; talvez ela esteja, neste exato momento, precisando ouvir a sua voz amiga, as boas vibrações que você pode irradiar.
Faça por você, em seu próprio benefício. Quer   motivação melhor? 

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Compaixão

Diante de uma grande e inexplicável catástrofe que dizima um grande número de pessoas, algumas pessoas são tomadas de certo sentimento e, em grupo, realizam o que jamais fariam, sem a situação dolorosa.
Como explicar o sentimento que surge  determinando condutas?
É a COMPAIXÃO. É o desejo forte de livrar a pessoa vítima da situação trágica, de qualquer espécie de dor.
A compaixão é o sentimento que se faz exteriorizado por intermédio dos atos solidários.
No estagio evolutivo  no qual nos encontramos, ainda não conseguimos sentir o outro, nem a nós mesmos, a não ser que haja uma forte carga de provocação da vida, em forma de incomparável dor.
Tomados de desespero ante o flagelo, permitimos que venha à tona, em nossa mente, a determinação do dever a ser cumprido.
A solidariedade que constatamos nos momentos de dor é a manifestação do amor.
Somos a exteriorização do amor de Deus e sempre que desejamos o sentimento  mostra-se na vida de relação.
Razão pela qual, tantos já arriscaram sua própria vida para socorrer a outros; mutirões se formam rapidamente no desejo único de livrar a vítima do infortúnio.
O sentimento de compaixão é o nutriente divino, que permite a identificação do estagio evolutivo do espírito, capaz de implementar todos os esforços em favor do outro.

domingo, janeiro 16, 2011

Flagelos Destruidores

 Sem  a Doutrina Espírita  é impossível compreender  determinadas situações dolorosas.
 Em o LIVRO DOS ESPÍRITOS  EXTRAÍMOS AS  INFORMAÇÕES  A SEGUIR: questões 737/741  ( Allan Kardec em 1857)


737 Com que objetivo os flagelos destruidores atingem a humanidade?
– Para fazê-la progredir mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É preciso ver o objetivo para apreciar os resultados dele. Vós os julgais somente do ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que ocasionam; mas esses aborrecimentos são, na maior parte das vezes, necessários para fazer chegar mais rapidamente a uma ordem de coisas melhores e realizar em alguns anos o que exigiria séculos. (Veja a questão 744.)
738 A Providência não poderia empregar para o aperfeiçoamento da humanidade outros meios que não os flagelos destruidores?
– Sim, pode, e os emprega todos os dias, uma vez que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem que não tira proveito disso; é preciso castigá-lo em seu orgulho e fazer-lhe sentir sua fraqueza.
738 a Mas nesses flagelos o homem de bem morre como o perverso; isso é justo?
– Durante a vida, o homem sujeita tudo ao seu corpo; mas, após a morte, pensa de outro modo e, como já dissemos, a vida do corpo é pouca coisa; um século de vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos que sentis por alguns meses ou alguns dias não são nada, são um ensinamento para vós e servirão no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, compõem o mundo real. (Veja a questão 85.) Esses são filhos de Deus e objeto de toda a sua solicitude; os corpos são apenas trajes sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que destroem os homens, é como se um exército tivesse durante a guerra seus trajes estragados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com as roupas que usam.
738 b Mas nem por isso as vítimas desses flagelos são menos vítimas?
 Livro dos Espíritos - Allan Kardec
 – Se considerásseis a vida como ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Essas vítimas encontrarão numa outra existência uma grande compensação para seus sofrimentos se souberem suportá-los sem se lamentar.
Quer a morte chegue por um flagelo ou por uma outra causa, não se pode escapar quando a hora é chegada; a única diferença é que, nos flagelos, parte um maior número ao mesmo tempo.
Se pudéssemos nos elevar pelo pensamento, descortinando toda a humanidade de modo a abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.
739 Os flagelos destruidores têm alguma utilidade do ponto de vista físico, apesar dos males que ocasionam?
– Sim, eles mudam, muitas vezes, as condições de uma região; mas o bem que resulta disso somente é percebido pelas gerações futuras.
740 Os flagelos não seriam para o homem também provas morais que os submetem às mais duras necessidades?
– Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, mostrar sua paciência e sua resignação à vontade da Providência, e até mesmo multiplicam neles os sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se não é dominado pelo egoísmo.
741 É dado ao homem evitar os flagelos que o atormentam?
– Sim, em parte, embora não como se pensa geralmente. Muitos dos flagelos são a conseqüência de sua imprevidência; à medida que adquire conhecimentos e experiência, pode preveni-los se souber procurar suas causas. Porém, entre os males que afligem a humanidade, há os de caráter geral, que estão nos decretos da Providência, e dos quais cada indivíduo sente mais ou menos a repercussão. Sobre esses males, o homem pode apenas se resignar à vontade de Deus; e ainda esses males são, muitas vezes, agravados pela sua negligência.
Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso colocar na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem encontrou na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, na rotatividade das culturas e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou de pelo menos atenuar os desastres. Algumas regiões, antigamente assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando, aos cuidados de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento da verdadeira caridade por seus semelhantes? (Veja a questão 707.)

terça-feira, janeiro 04, 2011

Esquecer e decisão....

Aproveitemos o início de um novo ano e façamos, hoje mesmo, uma faxina em nossas lembranças. Vamos esquecer o que não nos faz bem.
Esquecer é esquecer mesmo. Pensam algumas pessoas que não podem esquecer para não demonstrarem fraqueza.
Que tolice. Esquecer o que nos machuca, o que  nos deixa infeliz, é atitude inteligente.
A lembrança infeliz, com o passar do tempo, torna-se cristalizada, ocupando espaço na mente e no coração.
Está comprovado que a mágoa é responsável por enfermidades no campo físico e emocional.
Ora, se temos, a nosso favor, as comprovações científicas, por que adiarmos o entendimento. Se desejarmos a felicidade precisamos ter atitude condizente com o desejo.
Então, mãos à obra, façamos a faxina de dentro para fora: as lembranças infelizes; as palavras que machucaram, as acusações infundadas, as insinuações maledicentes, as provocações, os nãos...
Ano novo vida nova!  Mente e coração esvaziados e desocupados  para as boas emoções.
Não podemos perder a oportunidade que a vida nos confere a cada dia. Acordar no corpo é a maior de todas, por permitir-nos decidir se queremos ou não esquecer, se desejamos realmente recomeçar, se preferimos andar para frente, se queremos ser felizes.

 
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