Alguém, em especial, ainda menino chegou à adolescência e vestido de adulto permanece até os dias atuais.
Fisicamente é um homem que obedeceu aos padrões estabelecidos pela exigência de mercado investiu na boa forma, na aparência, no corpo modelado; não dispensando a roupa de grife, nem o perfume marcante.
Ora menino ,ora adolescente, as reações são sempre próprias à ocasião...Aprendeu a linguagem do adulto, aquela que é falada de acordo com a situação, e percebeu que pode, sem muito esforço, fingir que é feliz...
Certa vez, casou-se... separou-se... tentou amar e não conseguiu; trabalhou e aposentou-se...
Sua porção “criança” não lhe permite a abstração e a porção “adolescente” faculta-lhe viver a certeza do poder; de ser o melhor, o maior, o mais inteligente,o mais capaz...
Diz o que pensa, sem a menor preocupação com o outro,utilizando o vocabulário de adulto, esbanja as frases de impacto.
No grupo é o engraçado, o descolado , o irreverente; gostado por uns, detestado por outros, porém aceito ante o que apresenta ter...
Pobre homem menino, que acredita ter controle sobre tudo..., ter domínio das situações.
Teme a morte, fenômeno inevitável; teme o não ter. Com a conta corrente abastecida, as aplicações financeiras merecedoras de elogios, segue de coração vazio, embora fisicamente acompanhado.
Não fala das lembranças, não sente saudades, não percebe o outro. Com mais de meio século de vida, não perde os bons eventos culturais.
Desconhece porém a melhor das obras, o melhor acontecimento: Ele próprio!
Dessa forma, segue como um ninguém, isto é lamentável!