A temática Educação sempre esteve presente, em todas as Constituições brasileiras, permitindo-nos identificar, por certo, a ideologia correspondente a cada época.
Superficiais considerações podemos traçar: A começar pela de 1824, conhecida como Constituição Imperial que estabeleceu a gratuidade da instrução primária para todos os cidadãos e previu a criação de colégios e universidades.
A Constituição Republicana de 1891: preocupou-se em estabelecer a competência legislativa. A Constituição de 1934 estabeleceu as diretrizes da educação nacional, determinando ser a Educação - Direito de Todos.
Em 1937 a Carta Magna retrocedeu, vinculando a Educação a valores cívicos e econômicos, cabendo à Constituição de 1946 a retomada dos princípios norteadores constantes nas Constituições de 1891 e 1934 : “ Educação Direito de Todos”.
A Magna Carta de 1967 permanece fiel a estrutura organizacional da educação nacional, que não foi alterada pela Constituição de 1969.
A Constituição de 1988 identifica o caráter democrático da temática em tela e, em seu artigo 6º, afirma ser a Educação um Direito Social, dever do Estado e da Família.
Podemos afirmar, ante a constatação constitucional, que povo brasileiro , por intermédio de seus representantes, reconhece a Educação como matéria relevante em nosso Ordenamento Jurídico.
Permitimo-nos observar, no entanto, que não compreendemos o alcance da terminologia Educação, em decorrência de pouco refletirmos em seu amplo aspecto.
Razão pela qual, distanciamo-nos dos verdadeiros valores da vida e acreditamos que homem educado, é exclusivamente, aquele de boa escolaridade . Por certo, estamos enganados.
Supomos, ainda, que educado é o homem bem sucedido; aquele que é ajustado às convenções sociais, sabe comportar-se à mesa, por exemplo.
Diariamente, constatamos a falta de educação nas relações humanas. A indiferença que dá ensejo à morte da esperança; a falta de solidariedade que identifica a ausência de cooperação, necessária à vida.
Quando o homem compreende o sentido pleno da palavra é porque já vivencia a Educação, desempenhando o papel de grande seriedade, que lhe cabe no processo evolutivo, aprendendo sempre e é consciente de que para alguém, seus atos, servirão de referência.
Educado é o homem que reconhece as suas limitações e persevera para vencê-las, certo de que é agente de mudança na Escola da Vida.
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