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quarta-feira, janeiro 23, 2019

Viver em Harmonia


Para que possamos viver em harmonia conosco e com os outros, necessitamos elaborar e manter um programa pessoal, mínimo que seja.
Penso que devemos começar pela cooperação. Um simples ato de consideração, já faz a diferença.
Viver em harmonia exige ainda, que não tenhamos pressa. Ser paciente requer exercício diário, a pressa é inimiga da amizade, gera pressão em relação ao amigo e descontrole em quem a cultiva.
Aprender a organizar os nossos momentos de forma que não precisemos viver em agitação, não é tarefa fácil. Agitados, transmitimos insegurança e nos perdemos na ansiedade e não conseguimos ser solidários.
Considerando que todos nós precisamos de ajuda, ser solidário é imperativo da vida. Uma palavra para levantar os ânimos debilitados, estimulando ao prosseguimento de novas lutas, sem ironias, sem criticas, sem as brincadeiras que levam ao ridículo é o refrigério que precisamos.
Viver em harmonia exige que sejamos ainda, amorosos.  Num mundo carente que vivemos toda baga de amor, é como analgésico a aliviar a dor; é raio de luz que aponta o rumo e dissipa a treva.
Possuímos bloqueios, temos receios e fortes barreiras no campo do afeto, do amor. Perdemos-nos nas definições, queremos explicações, contrapartida para que possamos amar com segurança e correspondidos.
A proposta de Jesus ecoa até o dia de hoje: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei” – Jo 15,15-17.  
Tentemos hoje, comecemos agora rompendo os bloqueios, vençamos os receios e limites, deixando que o amor nos conduza no exercício diário da compreensão em direção a harmonia almejada.
Cooperar e confiar no bem, acredito que seja a diretriz para a nossa própria harmonia e para a de todos os demais.

domingo, janeiro 20, 2019

Misoginia validada

A notícia de mais um homicídio de uma mulher, pelo homem que não aceitou o término do relacionamento, causa- nos indignação.
Repetimos ser um absurdo, que providencias devem ser tomadas a fim de que tal absurdo não mais aconteça. Tal reação traduz avanço da sociedade inegavelmente.
A violência à mulher se dá, no meu entender, de tantas outras formas...
Violência que mata sem arma, aquela consentida,  que de forma subliminar vai se instalando e promovendo a  baixa autoestima. Na música, por exemplo, encontramos.
Estávamos em um evento, mulheres felizes, na pista de dança. Éramos muitas. Em determinado momento, teve início um determinado gênero musical.
Aos gritos, semelhante à histeria coletiva, a tal música foi cantada, encenada... Ante a excelente qualidade acústica, a letra estava muito clara de ser ouvida.
O ritmo que está inserido comprovadamente  na  nossa existência era contagiante. A letra, porém, traduzia  o desprezo, o ódio, a repulsa, o preconceito contra a mulher a menina... Isto comprovadamente é Misoginia!
Ao ocorrer o óbito, conferimos que aquela mulher foi vitima de um ato de violência, de covardia... E ao cantar  e difundir a música de cunho misógino, quantas mulheres estão vitimadas?
Sem refletir, sem pensar, seguimos sem identificar em qual estágio de evolução que nos encontramos. Em o livro AUTODESCOBRIMENTO, Joanna de Ângelis afirma: “Porque ainda não sabe identificar (ou não quer) o seu estágio de evolução, para bem compreender as necessidades e saber canalizar as energias, o indivíduo demora-se infrutiferamente nas faixas primárias do sofrimento, quando lhe cumpre ascender, empreendendo o esforço libertário que o leva à saúde integral, à felicidade.”.
Precisamos considerar até onde vai a nossa responsabilidade em todos os acontecimentos, na vivência, no cotidiano.

sábado, janeiro 19, 2019

Sem resposta, vou pensar.


Conversávamos a pouco eu e uma amiga, falávamos das questões da vida. Aquelas tão comuns aos nossos dias.

Eu comentava o quanto me sinto, algumas vezes, tão desencaixada,  em algumas situações, junto a algumas pessoas que gosto de verdade, ante  certos comportamentos...
O gostar da pessoa, prezar a  amizade, não nos impede a percepção do quanto agimos diferentes, somos diferentes, mas nos gostamos.
Não sei se você consegue perceber.  Se percebe, consegue avaliar o que significa, pra você, tal percepção. Para mim tem muito valor porque  me esforço para  separar a pessoa da  sua atitude.
Se você me perguntar se é fácil, vou lhe responder que não. Penso que  criamos expectativas, idealizamos e julgamos demais...
A amizade é resultado de afinidades,  que devem ser considerada para que não feneça ante certos fatos ou acontecimentos. 
Ser amigo não é ser igual, pensar igual, desejar igual, querer igual. Aliás, as  diferenças que podem  unir, podem  fornecer o  complemento, assim eu sinto em tantos momentos.
Como me faz bem ouvir de uma amiga ou um amigo, a sugestão que me faltava para a realização de uma tarefa, para a tomada de uma decisão. Incrível é chegar à solução jamais pensada por mim.
Então nessa hipótese a diferença é  bem vinda, porque soa como  complemento, ou seja, era o que faltava.
Ocorre, que o que não veio como complemento, como encaixe na minha forma de pensar, de interpretar, me deixa  desencaixada, fora da caixa?  Que caixa  construir ao longo da minha vida?  O que guardo dentro dela? Nela me escondo? É... Tenho de ver...
Bem, preciso  pensar... Precisamos pensar ante apagarmos, de excluirmos  do ciclo da amizade, antes de afirmarmos  decepção... antes de voltarmos correndo para caixa pela pseudo segurança , talvez...
Sem resposta... No momento, vou pensar...



sexta-feira, janeiro 18, 2019

Meu texto e Eu


Quando o silêncio pronuncia palavras, forma frases, períodos, parágrafos, temos de ter sensibilidade para ler o texto inteiro e compreender formando o capítulo.
Cada capítulo compõe a divisão do livro. Livro escrito, por cada um de nós,  ao longo da jornada, nos diversos encontros...
Nos dias atuais,  em que pese, ouvirmos tantos que falam, falarmos tanto, tantas vezes, sinto um silêncio no ar. Tanto que se fala, se mostra, se publica... Há um silêncio abismal.
Silêncio de falar de si, de mostrar às fragilidades inerentes a natureza humana, de falar dos medos, dos arrependimentos, da culpa , da insegurança.
Queremos mostrar acertos, colecionar vitórias resultado das ações bem sucedidas sempre, como se fosse possível.
Não queremos o insucesso, as lágrimas, a falta, fatores que estabelecem os limites necessários ao refazimento da rota.
Mergulhados numa cultura da justificativa, as explicações surgem de forma não refletida, o porquê refutamos sob a alegação de que não há tempo a perder e terceirizamos sempre no desejo da ausência da responsabilidade pessoal na prática do ato.
Distraídos seguimos distraindo  sem compreender realmente o texto. 
Hoje acordei pensando em ler meu próprio texto, aquele que escrevi com pressa e distraída deixei passar.


 
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