Quando o silêncio pronuncia palavras, forma frases, períodos, parágrafos,
temos de ter sensibilidade para ler o texto inteiro e compreender formando o capítulo.
Cada capítulo compõe a divisão do livro. Livro escrito, por cada um de
nós, ao longo da jornada, nos diversos encontros...
Nos dias atuais, em que pese, ouvirmos tantos que falam, falarmos
tanto, tantas vezes, sinto um silêncio no ar. Tanto que se fala, se mostra, se publica...
Há um silêncio abismal.
Silêncio de falar de si, de mostrar às fragilidades inerentes a natureza
humana, de falar dos medos, dos arrependimentos, da culpa , da insegurança.
Queremos mostrar acertos, colecionar vitórias resultado das ações bem
sucedidas sempre, como se fosse possível.
Não queremos o insucesso, as lágrimas, a falta, fatores que estabelecem
os limites necessários ao refazimento da rota.
Mergulhados numa cultura da justificativa, as explicações surgem de
forma não refletida, o porquê refutamos sob a alegação de que não há tempo a
perder e terceirizamos sempre no desejo da ausência da responsabilidade pessoal
na prática do ato.
Distraídos seguimos distraindo sem compreender realmente o
texto.
Hoje acordei pensando em ler meu próprio texto, aquele que escrevi com
pressa e distraída deixei passar.
1 comentários:
Realmente estamos muito distraídos
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