Em decorrência da precipitação que permite que transformemos em verdade mera suposição, muitas amizades ficam pelo caminho...
Classifico como espécies de praga a destruir a plantação no terreno da amizade: as suposições, as percepções, os fatídicos; eu acho..., eu ouvi..., eu percebi..., eu senti...etc.
Penso em praga no sentido de maldição que ataca a pessoa, a qual se permite contaminar. Contaminado, o agente parte a transmitir a todos, que com ele estabeleça sintonia, a sua maldição.
Por tal razão é que encontramos pessoas tomando partido de situações, prestando solidariedades, engrossando a fileira dos contaminados...
Quando vivemos em nosso núcleo familiar ou em nosso ambiente de trabalho ou ouvimos os relatos, todos parecidos, constatamos que o que difere são apenas os personagens.
Em família, é comum que um dos seus membros, em determinado momento, decida que dali por diante desempenhará o papel de vítima. Urdindo uma boa trama dedicar-se- á a sensibilizar os eleitos ao seu redor.
No âmbito do trabalho, ou em qualquer outro não é diferente. O vitimado age e se abastece ao ser consolado e ao ouvir por exemplo: “você tem razão”; “você não merece isso...”; é uma injustiça...”; “coitado de você”etc...
Abastecida, a pessoa prossegue no seu intento criando, ao seu redor, um verdadeiro escudo de proteção o qual impedirá que a verdade seja dita, que a farsa tenha fim.
O vitimado não deseja esclarecer ou entender as suas suposições, as suas percepções ou os seus entendimentos. Cercados de enfermos, igualmente seguem consolados e protegidos para que não haja o esclarecimento.
Qualquer um de nós pode, neste exato momento, estar desempenhando este infeliz papel: vitimado ou protetor do vitimado.
O antídoto ideal em nossa vida é a adoção da sinceridade por base de conduta. A pessoa sincera usa de franqueza em suas relações, não aceita dissimulações e tem por meta a lealdade.
Não se trata de forma e sim de conteúdo.
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