Feliz, sorria para mim todas as manhãs.
De braços estendidos, aliás, diversos, me permitia sentir o abraço.
Assim era a bela árvore, que aos meus olhos de menina ali fora colocada para alegrar as minhas manhãs ao sair em direção à Escola.
Não existia Rua mais linda, nenhuma contava com um pé de flamboyant, carregadinho de flores. Só a minha Rua!
De tão admirado, decidiu florescer o ano inteirinho. Flores caiam e nasciam de forma harmônica para que os braços longos que pareciam até galhos não ficassem vazios.
Eu cresci e ele permaneceu inalterado, deixei a rua, o bairro, mudei minha vida e voltei para visitá-lo.
Fui tomada de grande emoção ao percebê-lo no mesmo lugar, na calçada, bem na esquina. Os braços bem menores, não pareciam me abraçar, as flores pouca, muito poucas, faltou o sorriso, o que fizeram ao meu querido flamboyant?
Fechei os olhos e na minha lembrança ali estava ele, o mesmo que sempre existirá!
1 comentários:
Esta arvore parece com outono em NY.
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