Desperdiçamos o tempo quando não valorizamos as horas e esgotamos os minutos, observando e divulgando os equívocos alheios pelo prazer de falar mal do outro.
Pessoas sobrevivem das misérias existentes. São as falhas identificadas nos outros que permitem que os parasitas humanos tenham assunto.
É assustador constatar o quanto a vida do vizinho, do colega de trabalho, do familiar, do artista e de todos que caminham, alimenta as conversas, os escritos...
O prazer que evidencia na fala, o comentador da vida alheia, permite que percebamos o grau de enfermidade de todos que igualmente ouvem, torcem, vibram e divulgam as informações recebidas.
Se olhássemos mais a nossa própria vida, se percebêssemos o quanto é difícil viver ante as inclinações que possuímos. Se verificássemos a dificuldade em unir razão à emoção não julgaríamos, não cobraríamos do outro esta o aquela conduta.
A impressão que fica é que a vida do comentador é tão sem objetivo que a inveja e o despeito o impulsionam à crítica pejorativa, aos comentários maldosos.
Saber o que o outro faz, como vive, divulgar seus passos os resultados das ações, deveria tão somente interessar àquele que se propõem a cooperar: por solicitação ou por espírito solidário.
Penso que podemos desempenhar papel relevante contra a divulgação indevida, perniciosa da vida alheia.
O falador carece de ouvidos que queiram ouvi-lo e exige atenção quanto ao comentado. É a atitude do ouvinte, que valida a conduta, tenho certeza!
Se não adotamos tal procedimento em nossa vida, precisamos reagir ante a presença do maldizente.
A não divulgação do que ouvimos em relação à vida do outro é importantíssimo, mas não basta. É necessário empenho de nossa parte, demonstrando desinteresse pelos assuntos que sejam específicos da vida alheia.
1 comentários:
Bem pensado...vou tentar ser uma pessoa melhor e parar de cuidar da vida dos outros e de ouvir e dar atenção aos que gostam de cuidar!
valeu, seu pensamentos sempre me traze crescimento.
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