Ultimamente, com freqüência, muitas pessoas chegam afirmando que encontraram a pessoa de sua vida. Bastou um olhar, um encontro amoroso, um final de semana...
O coração está disparado, a presença é insubstituível, os planos são muitos e os projetos, todos realizáveis...
Em alguns casos, os amigos são esquecidos porque existe a exigência do não compartilhamento. Também faz parte o ciúme, aliás, visto como prova de amor.
Com o passar do tempo, alguns, bens raros, conseguem amadurecer e descobrem que podem caminhar por outro caminho e juntos permanecem.
A grande maioria, porém, não suporta a realidade e também não consegue viver na ficção. O resultado é o fim da relação, quase sempre com muita mágoa.
É tarefa difícil contribuir para a constatação de que a mágoa é o resultado da fantasia que foi criada um sobre o outro.
Culpamos o outro por não atender ou entender o que desejamos; por não corresponder às nossas expectativas; por promover a frustração em nossa vida.
Na verdade, culpa nenhuma tem o outro. Somos nós que realizamos as escolhas, abrimos a porta, deixamos entrar.
Quando estamos carentes qualquer aceno impressiona... Impressionados nos tornamos vítimas de nossas projeções e , em decorrência, vítimas fáceis de nós mesmos.
É importante saber que carência tem cura.
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